O IDR-Paraná e a Embrapa-Soja promoveram este ano o projeto Giro Técnico da Soja em 17 diferentes cidades paranaenses, reunindo nestes eventos cerca de 1,3 mil pessoas, entre 29 de novembro e 10 de dezembro.
Durante os encontros, os produtores tiveram a oportunidade de conhecer práticas que promovem o aumento da produtividade das lavouras, maior rentabilidade dos cultivos e menor impacto ambiental para a atividade agrícola.
Um dos destaques das conversas foi a vantagem conseguida pelos agricultores que adotaram o Manejo Integrado de Pragas (MIP). De acordo com Edivan José Possamai, coordenador estadual do programa Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, o trabalho de oito safras demonstra a possibilidade de reduzir pela metade o número de aplicações de inseticidas nas lavouras, sem perda de produtividade. Além do MIP, o Manejo Integrado de Doenças (MID), a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) e o manejo dos solos também foram temas discutidos durante o evento. “O giro técnico é uma metodologia que permite aproximar pesquisa, extensão e agricultores, na discussão das melhores práticas agrícolas e sua implantação nas lavouras”, ressaltou Possamai.
Foram realizados 18 encontros em propriedades que são Unidades de Referência (UR) na aplicação do MIP, do MID, da FBN e do Manejo de Solos e Águas. Em todas elas os produtores contaram com a assistência contínua dos extensionistas do IDR-Paraná.
A cada encontro do Giro Técnico da Soja os produtores puderam constatar que é possível reduzir o uso de insumos, sem comprometer a produtividade das lavouras. A aplicação do MIP, por exemplo, já demonstrou, em safras anteriores, que é possível reduzir pela metade o uso de inseticidas. O MID, por sua vez, diminui em até 35% o uso de fungicidas, segundo os extensionistas.
PRODUTIVIDADE- Ambas as práticas racionalizam o uso de insumos na propriedade e resultam em menos poluição por agrotóxicos. Soma-se a essa redução dos custos o aumento da produtividade obtido pela Fixação Biológica de Nitrogênio. Alguns produtores observaram um aumento de 7,5% na produtividade de soja com a adoção da FBN.
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